MENSAGEM À HUMANIDADE
(Enviada em 1995 para as N. Unidas)
Nosso Pai de grande manto
Que nos olha lá do alto
Agora vê com grande espanto
O que sente a nossa Mãe
Oh, Mãe Terra!
Quantas vezes vivificas teu fruto
Entre divinas lágrimas e luto
Que o filho ingrato destrói
Mãe, teu coração já dói
Vulcão de Amor e Esperança
Da renovada Aliança
Do que é e do que foi
O Fogo Azul se liberta
E amamenta a Criação
Mas o teu filho tem aberta
A sede da destruição
E sem lamento e sem ira
Unindo a desunião
Até quando, Mãe Terra
Até quando teu perdão?
Quanto tempo vai correr
P'ra teu filho à Luz voltar
E de seu Pai receber
A chama eterna de amar?
Se este sonho tão sério
De Amor, Paz a Verdade Ainda é só um Mistério
Para esta Humanidade!
Conheço um vagabundo
de olhos perdidos e sei que ele não teme a vida,
a morte ou os perigos
Em suas mãos côncavas de pão,
não sente a esmola e seu braço estendido tem o
abrir do perdão
Não sei por onde anda com sua veste longa e branca,
mas por onde passa há algo que se despedaça,
sem sentir a ameaça de sua voz pura e franca
Quando regressa traz um suave vagar
que cheira a semente e a lírio a desabrochar,
é dele o verde do campo, a voz do mar,
a brisa do vento na seara a mondar
Há nele o sol morno,
a quietude de uma virtude
que não ouso explicar...
Só vejo que a tempestade se amansa,
e até a serpente descansa
quando o sentem chegar...
Ele traz consigo o livro mais antigo,
o selo mais sagrado,
e junto ao peito
traz a cruz do Homem torturado.
Se o encontrares não temas seus passos,
nem rompas seus laços,
o vagabundo é um Amigo
(Poemas de Ana P. Pinto)
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